Entenda a importância e a posição da figura feminina na FIV.
Nós já mencionamos figuras femininas muitas vezes em nossas conversas, como a doadora de óvulos e a barriga solidária. Mas, é importante ressaltar suas posições e responsabilidades dentro de um procedimento como a Fertilização in Vitro.
Primeiro, vamos falar sobre a figura “mãe” dentro da nossa sociedade heteronormativa?
O conceito de ser mãe dentro de um contexto familiar dado como “normal” na sociedade em que vivemos, é composto por uma família tradicional, cuja a mãe é quem concebe, gera, da à luz e posteriormente cria. Por muitos anos, subentendemos que este é o natural da vida, mas isso está mudando.
À medida que evoluímos, nossa comunidade descobre novas possibilidades como a adoção e a reprodução assistida, por exemplo. Métodos que dão uma família aos casais heterossexuais com problemas de fertilidade e aos casais homossexuais que sonham em ser pais, transformando o conceito de maternidade.
E mesmo com tanto preconceito e dificuldade, a Fertilização in Vitro é um método possível e permitido, que ajuda os casais gays a terem filhos e romper a barreira do tradicionalismo no Brasil e no mundo. Fantástico, né? Esse é o verdadeiro significado de “para o amor não há limites”.
E como a figura feminina é vista dentro de um procedimento de FIV?
Para entender esse aspecto, é importantíssimo desvincular o termo “mãe” do processo, pois se não há nenhum tipo de relacionamento afetivo, mesmo que por consideração, então não existe mãe. Entenda, ter um vínculo sanguíneo ou um código de DNA envolvido, não torna a doadora ou a barriga solidária mãe dos bebês gerados na FIV, já que as mesmas concordaram em realizar este processo de maneira altruísta, dedicadas a um único objetivo: transformar um casal em uma família.
Além disso, a doadora de óvulos é anônima, ela não conhece os pais e consequentemente os pais não a conhecem, todo o intermédio é feito pela clínica para manter a integridade da identidade de todos os envolvidos no processo. Isso é uma regra na FIV!
Já a barriga solidária, pode ser acompanhada durante toda a gestação pelos pais, recebendo o suporte necessário desde que acordado em contrato, também prezando pela idoneidade dos termos acordados previamente.
E quanto a criação da criança?
Após o nascimento do bebê ou dos bebês, os pais é quem ficam integralmente responsáveis por toda a criação e cuidado deste momento em diante. Nem mesmo a barriga solidária pode interferir nessa nova fase da família, que recebe todo o amparo para manter a segurança familiar e evitar qualquer contratempo imediato ou futuro. Aliás:
“Pai é quem cria”
Quem nunca ouviu este termo, né? E de fato, ele se faz real, apesar de os pais participarem de todo o procedimento contribuindo com os espermas. Portanto, a genética dos pais é mantida. Mas já falamos sobre isso por aqui!
Concluindo… A força e a figura feminina é sim, muito importante e reconhecida por toda sua participação neste lindo processo de realização de um sonho. Entretanto, não há mãe em uma FIV realizada por 2 papais, por exemplo. Então se você ouvir alguém questionando sobre este assunto, já sabe o que responder, certo?