Um longo caminho já foi percorrido rumo à conquista de direitos para a comunidade LGBT+ mas ainda estamos longe de termos uma sociedade igualitária quando o assunto é homossexualidade. Dessa forma, separei alguns dos principais marcos e conquistas da comunidade LGBT+
1969 – Rebelião de Stonewall
Um marco importante do movimento, no qual é o ponto de partida onde a comunidade acordou e não tolerou mais a opressão policial. Nesse episódio em 28 de Junho de 1969, diversos membros da comunidade LGBT+ entraram em conflito violento contra policiais que invadiram o Stonewall Inn, um bar famoso de New York. Essa data é tão importante pois foi o início do despertar de uma consciência de luta pelos direitos de igualdade.
1970 – Parada Gay
O movimento foi tomando força e notoriedade midiática ano após ano, os grupos foram se juntando durante todos os meses de Junho para lembrar o episódio do Stonewall Inn até que deram início a Parada Gay.
Países como Estados Unidos, Londres, Berlim, Asia e América Latina aderiram rapidamente ao movimento, contribuindo para o crescimento da hoje famosa Parada Gay.
1977 – Primeiro Homossexual na Política
Em 1977 tivemos o primeiro político assumidamente homossexual: Harvey Milk, americano, que lutava ativamente pelos direitos homossexuais. Ele foi assassinado após um ano da sua candidatura mas é sempre lembrado pelo seu ativismo e importância na história da cultura LGBT+. No mesmo ano, Quebec se tornou a primeira jurisdição estadual do mundo a proibir a discriminação em razão da orientação sexual.
1980 – Protesto no Theatro Municipal
A partir dos anos 80 a mídia retratava a homossexualidade de forma caricata e como se fosse uma doença, ou seja, algo a ser curado. Nesse ano ocorreu um movimento conhecido como o “Stonewall Brasileiro” no qual manifestantes homossexuais, do movimento feminista e negro, organizaram um protesto nas escadarias do Theatro.
1981 – AIDS
A partir deste ano foram identificados os primeiros casos de HIV em homossexuais nos Estados Unidos, o que deu início ao estigma de ser uma doença gay, promovendo a intolerância ao grupo. Em 1985 foi criado o Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), a primeira ONG da América Latina contra o HIV.
1991 – Não é mais Doença
A partir dos anos 90 a OMS (Organização Mundial de Saúde) ressignificou a palavra “homossexualismo” para “homossexualidade”, retirando-a da lista de distúrbios psiquiátricos. No mesmo ano a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra LGBTs uma violação dos direitos humanos
1997 – Gays e Heteros Marchando
A partir de 97, a parada gay deixou de ser um ambiente exclusivo para LGBTs e nesse ano heterossexuais se juntaram aos homossexuais em um grande ato de apoio à igualdade. Diversas expressões artísticas foram incorporadas à parada e diversas pessoas com suas famílias passaram a frequentar anualmente a marcha.
1999 – Psicologia
O que antes era considerado doença e passível de cura, a partir dessa ano não poderia ser tratado. O Conselho Federal de Psicologia instituiu que nenhum profissional da área, seja médico, psicólogo ou terapeuta, poderia tratar a homossexualidade como doença, comportamento ou distúrbio.
2011 – Casamento
Finalmente o Brasil aprovou a união estável para casais do mesmo sexo em 2011 (embora a Dinamarca tivesse sido o primeiro país a legalizar o casamento homoafetivo em 1989) mas a partir de 2013 oficialmente os cartórios eram obrigados a formalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
2013 – Reprodução Humana
Desde 2013, o CFM (Conselho Federal de Medicina) instituiu a realização de tratamentos de fertilidade independe da orientação sexual ou do estado civil do paciente.
2018 – Trans
O STF instituiu que transgêneros e transexuais podem alterar seus nomes de registro civil em suas carteiras de identidade sem a necessidade de uma cirurgia de redesignação de sexo.